sexta-feira, 15 de junho de 2012

Direitos distorcido.



Para descrever a acessibilidade contemporânea em poucas palavras diria que assenta em dois pilares fulcrais: a acessibilidade urbana ou arquitetônica e a acessibilidade tecnológica. Mas é necessário que as duas trabalhem em conjunto para garantir que todos os cidadãos possam ter o perfeito exercício do direito à cidadania.
Em seguida, a abrangência da acessibilidade e a inoperância do homem em pequenos tópicos:
Via Pública – Atualmente não existem intervenções urbanas inovadoras e coerentes com a filosofia de “Espaços Urbanos Acessíveis”, as passadeiras sem rampas são uma constante, os semáforos raramente estão bem temporizados, ainda não se eliminaram os obstáculos dos passeios e para as pessoas com problemas sensoriais faltam equipamentos de orientação e texturas diferenciadas.
Edifícios Públicos – É um autêntico cataclismo o acesso a edifícios públicos desde o seu espaço circundante até ao seu interior; os cinemas com falta de lugares para pessoas em cadeira de rodas; salas de conferências sem qualquer tipo de sinaléticas; museus constantemente inacessíveis devido às barreiras arquitetônicas, os áudio-guias sem uma perfeita descrição das obras; os WC adaptados são uma raridade; os tribunais continuam sem elevadores. Resumindo, muito falta a fazer para colocar um fim às inacessibilidades dos edifícios públicos e privados.
Computador e Internet – Nesta sociedade contemporânea tudo gira à volta deste meio de comunicação desde uma simples escrita à navegação na Internet. No entanto, o maior construtor de sistemas operativos “Microsoft” pouco se empenhou em desenvolver processos de acessibilidade. Esta é uma “dívida” que o Sr. Bill Gates tem para com a sociedade. Na Internet, ainda, existem sites públicos inacessíveis. Apesar de acessibilidade ter a sua complexidade, quando bem executada permite a inclusão digital de todos.
Finalizo com seguinte recado, foi criado o “Conceito Europeu de Acessibilidade”, mas este não passa de uma utopia porque, cada país tem as suas leis e a União Europeia ainda está muito longe de chegar a consensos.
No entanto, construir mais e melhores acessibilidades com o objetivo de permitir a autonomia de todos os cidadãos, para isso anseia-se o contributo dos futuros Engenheiros de Reabilitação no Brasil.