sábado, 16 de julho de 2011

ACESSIBILIDADE - INTEGRAÇÃO SOCIAL E IGUALDADE DE MÃOS DADAS

É preciso que se dê condições para que pessoas  portadores de deficiência tenham oportunidade integral concedida a todos. É urgente que se adotem providências para transformar espaços públicos em  locais de acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência. Um levantamento amplo e abrangente sobre o perfil sócio econômico e de saúde desses cidadãos, é fundamental. Onde e como estão essas pessoas, que precisam e necessitam de oportunidades para sair de uma eventual situação de exclusão, independentemente das limitações que possam apresentar.
Iniciativas revelam que um  dos caminhos para a inclusão  parte das políticas públicas voltada para todos.
Conceitos de acessibilidade são condições para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, para pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Acessibilidade e informação são desafios para pessoas com deficiência


O Brasil precisa de cidades acessíveis, de escolas inclusivas e de mais informação sobre direitos para pessoas com deficiência. “Avançamos a passos largos” no respeito às pessoas com deficiência, mas a falta de informação ainda é um entrave para o acesso aos direitos. É preciso uma ação muito grande de informação, porque muitas pessoas com deficiência, e suas famílias, ainda não conhecem os seus direitos e, por conseqüência, [têm esses direitos] violados, não porque querem, mas porque os desconhecem. As pessoas com deficiência sempre foram vistas como um problema para a sociedade, para o desenvolvimento do país e isso se desmonta com muita luta da sociedade civil e determinação dos governos.
Hoje em dia, com a Lei de Cotas, as pessoas com deficiência dificilmente fazem parte do plano de carreira da empresa. Contratam a pessoa com deficiência para cumprir a legislação e colocam ela no subemprego. Argumentam que não há pessoas qualificadas, mas no nosso país a falta de capacitação não é uma característica da pessoa com deficiência, é só olhar os dados do Ministério da Educação. Na maioria das empresas a necessidade de modificações de infra-estrutura ou compra de materiais para garantir acessibilidade a pessoas com deficiência são vistas como custos e não como investimentos. É o nosso PAÍS.

sábado, 9 de julho de 2011

A mídia e a deficiência


A presença de pessoas com deficiência na mídia tem se tornado constante. Não há como negar que personagens de ficção tiveram seu papel importante para o tema se evidenciar. Isso também fez aumentar sensivelmente a quantidade de reportagens nos jornais, rádios, TVs e internet.

Calçadas esburacadas, falta de rampas, ônibus adaptados, qualificação profissional e lei de cotas para o mercado de trabalho são apenas alguns dos temas recorrentes. Entretanto, há aspectos que precisam ser observados nas redações quando vai se tratar do assunto.

Anos atrás, as pessoas com deficiência se evidenciavam por seus próprios méritos por conseguirem chegar à escola, conquistar um emprego e assim, se transformarem em grandes personagens de superação de seus limites.

Atualmente, essa visão se modificou e é necessário que os meios de comunicação também reflitam essa mudança.

Aquela aura de coitado das imagens de TV ou dos textos de jornais precisa ser extirpada. Compreendo que pode ser difícil no começo, mas não impossível.

Uma das mudanças mais consideráveis neste sentido é sobre como se referir a quem tem deficiência. Bem antigamente, era muito comum se ouvir expressões como "aleijado", "excepcional", "mongoloide" entre outros. O tempo passou e elas foram praticamente abolidas do vocabulário.

Então, surgiram outras denominações para sutilmente substituí-las, como "pessoas portadoras de deficiência", "portadores de necessidades especiais", "deficiente" e outras denominações deste gênero.

Entretanto, elas também já não são mais bem aceitas, pois elas evidenciam a "deficiência". Além de não fazerem sentido algum, como por exemplo, a palavra "portadores". Quem porta algo pode, a qualquer tempo, não portar mais, e com a deficiência isso não acontece.

Outro exemplo é "necessidades especiais". Um termo que surgiu para denominar quem tinha uma necessidade educacional especial que, com o tempo, passou a representar toda a gama de pessoas com deficiência, física, visual, auditiva ou intelectual.

Cada ser humano é único e cada um tem sua "necessidade especial" no dia a dia. Um pouco menos ou mais de açúcar, ter um carinho do namorado ou da namorada, entre outras necessidades que fazem a nossa vida ser única.

Além dessas justificativas, essas expressões se tornaram carregadas de conotações pejorativas e preconceituosas.

Os movimentos mundiais das pessoas com deficiência, inclusive os do Brasil, assinaram a Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidades das Pessoas com Deficiência, aprovado pela
Assembleia Geral da ONU, em 2006, e ratificada no Brasil em 2009, entre vários outros aspectos, de que forma preferem ser chamados: Pessoa com Deficiência.

O objetivo é valorizar o ser humano e não sua condição permanente ou passageira e isso precisa ser levado em consideração quando vai se contar uma história na reportagem, pois ajuda a levar para a sociedade estes mesmos conceitos.

Colocar alguém com deficiência como entrevistado é mais do que necessário, mas a condição dele não pode transformá-lo num herói, quando ele é apenas um ser humano com seus direitos e deveres como qualquer outro cidadão.

O bom-senso é um excelente caminho nesses momentos. Ponderar o motivo daquela pessoa com deficiência estar presente na reportagem, o que realmente é relevante, sem colocá-la em situações constrangedoras.

Entendo que ainda falta muito para que este segmento tenha as mesmas conquistas de outros movimentos sociais, porém, para se chegar lá, a mídia tem papel fundamental.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Todos podiam seguir esse exemplo de respeito!

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) tem procurado atender a Lei 10.048, de 8 de novembro de 2000, sobre a acessibilidade das pessoas com necessidade especiais ou com mobilidade reduzida. A maioria das unidades está se adequando e tem reduzido os obstáculos para locomoção, destinando vagas em estacionamentos, readaptando sanitários e outros instrumentos de acessibilidade existentes.

O Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), por exemplo, conta com estacionamento, bebedouros de uso coletivo, sanitários, telefones públicos, espaço para circulação interna e externa, corrimãos nas escadarias que auxiliam os portadores de necessidades especiais. No Hospital de Urgências de Aparecida (Huapa) há entradas rebaixadas e banheiros adaptados.

No Hospital de Doenças Tropicais (HDT) rampas foram colocadas na área externa para o acesso no ambulatório e emergência, os banheiros passaram por ampliação com barras de proteção, os telefones na área externa foram rebaixados, há guichê preferencial e vagas no estacionamento para o público interno e externo.

Rampas na entrada principal e na coleta, bebedouros e estacionamento também estão garantidos no Laboratório Central de Saúde Pública Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). No Hospital de Dermatologia Sanitária (HDS) todos os departamentos têm rampas e os banheiros da parte do hospital têm barras de apoio. “Sempre tivemos pacientes cadeirantes por isso a necessidade de fazer essas adaptações”, explica o diretor geral do HDS, Wolf Moreira São Geraldo.

A sede da Secretaria segue o exemplo. “Destinamos oito vagas para deficientes e dois para idosos, além da acessibilidade por rampas”, pontua a gerente de compras e administração de estoque da SES, Lázara Mundim de Souza.

O seu prédio já conta com Plataforma Elevatória?

Poder se locomover com facilidade, sem passar por constrangimentos, é direito de todos. Ser bem atendido, sendo respeitado nas diferenças e contar com os recursos necessários para isto também.
Principalmente aos comerciantes, administradores de condomínio e outros responsáveis por prédios de acesso público a questão da acessibilidade é de extrema importância, uma vez que cabe a eles a tarefa de articular as condições básicas para receber e atender a todos em seus estabelecimentos com igualdade e atenção devida.

Solução para o transporte vertical de deficientes físicos

A Plataforma Elevatória foi criada para proporcionar a pessoas com problemas de locomoção o direito à acessibilidade em locais que possuem desníveis de até 4 metros.
Para desníveis de até 2m é necessário que a cabina conte com fechamentos (guarda-corpos) com altura mínima de 1,1m na plataforma e nos pavimentos.
Podendo ser instalada tanto em locais internos quanto externos, a Plataforma Elevatória é apta a conduzir pessoas e objetos, como cadeiras de rodas, devendo para tanto atender a norma NBR15.655-1 da ABNT.
Para os administradores e responsáveis por prédios ou espaços públicos é importante observar que, além de garantir a acessibilidade aos deficientes físicos, outra vantagem deste elevador é a sua instalação: simples de ser realizada e totalmente adaptável aos lugares que já são frequentados, uma vez que dispensa a construção de poço.
É preciso ter maior atenção a esta questão, pois afinal ela trata de cidadania e da qualidade dos recursos que você pode oferecer.

SEM VAGA ACESSÍVEL

Por Eduardo Manz: Fotos do DETRAN de Brasília: as 02 vagas para Pessoas em Cadeira de Rodas (PCR) não possuem a área de transferência, necessária para o seu deslocamento entre os carros e seu acesso à calçada (veja foto abaixo).
Além disso, o rebaixamento do guia da calçada está localizado numa das vagas; caso essa vaga esteja ocupada, nenhuma PCR conseguirá usar o rebaixamento, inviabilizando as duas vagas.
 Fonte: USP Legal – Informativo Técnico n. 02 – Vagas de Automóveis
Como se não fosse suficiente, escreveu-se na placa de sinalização vertical referência adjetiva ao Símbolo Internacional de Acesso. Adicionar palavras de efeitos como “paraplégico”, “acesso para deficiente” ou “deficiente físico” (caso do DETRAN de Brasília, veja foto abaixo) é desnecessário e discriminatório.

DETRAN, Brasília, DF. Fonte: Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana – BRASIL ACESSÍVEL; Ministério das Cidades.
Veja  abaixo foto de exemplo de desrespeito às áreas de tranferência das vagas em: Estacionamento para pessoas com deficiência.

Acessibilidade no Uruguai

Resolvi postar esta foto porque achei muito interessante a forma como esta praça foi construída para garantir acessibilidade – nunca vi corrimãos instalados em praças brasileiras. No entanto, o contraste entre a cor do piso tátil de alerta que sinaliza a proximidade da rampa e a cor do piso adjacente me parece insuficiente. A percepção de claro e escuro é reconhecidamente um dos parâmetros mais importantes para a acessibilidade de um deficiente visual. Aqui poderia ser assim.

sábado, 2 de julho de 2011

Quem sou eu????

Eu sou um Deficiente Físico (cadeirante) feliz de bem com a vida e aceito desafios. Hoje em dia existem muitos portadores de Deficiência Física que por algum acidente ou doença passou de andante para cadeirante, e isso entristece causa amargura, depressão e atinge a ele ou a ela e abala toda a sua estrutura familiar (Hora se nunca foi cadeirante como pode saber que é tão ruim assim?) Meu nome é Walace Alves Cabral sou cadeirante, faço-lhe uma pergunta para você andante ou cadeirante ou você que tem algum tipo de deficiência: Porque se entristecer sem saber o dia do amanhã?
Aceitar a deficiência para ser eficiente.
Todos nós temos nossas deficiências, infelizmente poucas são as pessoas que aceitam. Trabalhar a aceitação nem sempre é tarefa fácil, porém não impossível; a dificuldade de aprender aquela formula matemática, a conjunção verbal, os por quês sempre questionamos também é uma deficiência. Entre todas as deficiências humanas a não aceitação que somos pessoas com deficiências é a pior; esconder de nós mesmos é tentar iludir o que não se ilude.
Quando o indivíduo aceita seus limites e faz dele os motivos para sua superação, esse indivíduo já superou os degraus da aceitação. O se humano tem uma capacidade incrível de se adaptar, mas nem sempre coloca em prática essa capacidade, pois os obstáculos mentais são as grandes barreiras que limitam os desejos de chegar a determinados lugares. Mentes atrofiadas atrofiam o resto dos membros.
Os vários gênios da música, das artes e das ciências, eram pessoas com deficiências e nem por isso foram incapazes de exercer suas profissões, e nem deixaram de sonhar, muito pelo contrário, contribuíram com a humanidade. E com isso, se tornaram imortais. Estamos carentes de gênios, uma nova (safra) deve ser semeada. Dentro de cada ser, existe um gigante adormecido; a limitação física não pode ser impecílio para sepultar nossos sonhos, mas sim, de energia, pois a natureza humana sempre compensa de alguma maneira. Superar as barreiras pré-existente é ato de bravura e sabedoria.
A Bíblia nos fala com grande sabedoria: “Tudo posso naquele que me fortalece”. Certos indivíduos lamentam quando se perdem um dedo... E outros, ficam até felizes quando se perdem parte do braço. Várias são as pessoas que, mesmos sendo afetadas pelas deficiências, estão no topo da produção. Infelizmente, na maioria das vezes, não são reconhecidas pela comunidade e, principalmente, pela família. Aceitar a deficiência é antes de tudo impor sua nova condição. Uma vez instalada a deficiência, o principal remédio é aceitar as novas tarefas. Um mundo novo a cada amanhecer, porém, passivo de desafios e conquistas.
Eu sou Walace Alves Cabral, vamos juntos sermos uns gênios da felicidade, muito obrigado ao ler este texto que ele sirva para sua vida como uma lição de vida.