A acessibilidade universal ainda não é uma realidade em Teresópolis. Muitos
são os transtornos pelos quais Pessoas com Deficiência (PcDs) passam para a
locomoção na cidade. Os problemas citados por muitos indivíduos relacionam-se
às calçadas esburacadas e desniveladas, além de obstruções diversas nos espaços
públicos. Muitos estabelecimentos comerciais, por exemplo, acabam dispondo produtos
e mercadorias nas calçadas, local que deveria ter a passagem livre para não
prejudicar o trânsito das pessoas.
A acessibilidade é arregimentada como direito de todos os cidadãos e que
deve alcançar toda a sociedade, beneficiando e sendo direito das Pessoas com
Deficiência (PcDs). A implantação de medidas simples que facilitam a locomoção
e que permitem segurança contempla algo importante a qualquer indivíduo: o
direito de ir e vir com autonomia. Um rearranjo na arquitetura de
estabelecimentos públicos e na urbanização faz-se necessário, visto que a
maioria dos locais ainda não apresenta condições de locomoção universal, o que
acaba por gerar maiores dificuldades aos PcDs.
A acessibilidade é condição de alcance para a utilização, com segurança e
autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos,
das edificações, dos transportes e dos dispositivos, sistemas e meios de
comunicação e informação, por pessoa com deficiência. Entretanto, essas
determinações não são presentes na maioria dos locais públicos, culminando em
prejuízos e dificuldades à população.
Piso tátil
Um aspecto que merece ênfase é a desinformação de muitos cidadãos acerca da
importância dos pisos táteis para deficientes visuais. Os pisos táteis são
faixas de alto relevo fixadas no chão para auxiliar na locomoção de pessoas com
deficiência visual. Luís Fernando Vieira da Rosa, que é deficiente visual,
afirma que muitas vezes as pessoas ficam conversando exatamente na localização
do piso tátil, o que pode prejudicar as pessoas que necessitam desse recurso
para guiar-se com segurança. “Falta consciência de muitas pessoas em relação
aos avanços que existem hoje em dia para auxiliar quem tem algum tipo de
deficiência. Todos precisam informar-se sobre isso para que a população como um
todo seja beneficiada”, fala um amigo o Luís.
Em Teresópolis, a condição das calçadas é amplamente exposta pelo jornal O Diário
de Teresópolis, de forma que a população majoritariamente não se sente segura
ao transitar pelas mesmas. “Todas essas irregularidades e buracos nas calçadas
são uma grande dificuldade para os deficientes visuais e para cadeirantes, por
exemplo. Além disso, é muito comum as lojas colocarem produtos nas calçadas, o
que também prejudica as pessoas com deficiência, pois são obstáculos que temos
para passar e que muitas vezes causam acidentes”.
Outro problema existente é a falta de acessibilidade em muitos prédios
públicos e estabelecimentos comerciais em geral, como gabinete do prefeito
Arlei, teatro municipal,
lanchonetes e
lojas, por exemplo, que não apresentam rampa ou plataforma para locomoção de
cadeirantes.
Paradas de ônibus em local adequado, elevador e plataformas nos veículos
coletivos são fundamentais para garantir a acessibilidade universal. Desde o
momento em que o cidadão sai de sua casa até a parada final do ônibus, há
necessidade de uma arquitetura urbana que permita a chegada ao local de
destino.
Outro aspecto importante e frequentemente comentado por PCDs é a falta de
capacitação de muitos funcionários para a utilização correta dos equipamentos,
como elevadores e plataformas, por exemplo.
“Falta informação de muitos
profissionais e também de muitos cidadãos. As pessoas precisam conhecer os
direitos das pessoas com deficiência”, Se o veículo já tem a plataforma, a via
pública tem de ser também preparada para o veículo operar, caso contrário o
veículo pode acabar por parar longe do cordão da parada ou o nível da calçada
pode configurar-se como não sendo compatível com o do elevador ou plataforma,
por exemplo.