quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Pessoas com deficiência também precisam se divertir.




Muito se fala na empregabilidade da pessoa com deficiência, na educação inclusiva, na sexualidade, na acessibilidade e mobilidade urbana, no acesso à saúde e até nas adaptações veiculares. Vemos a todo momento, notícias sobre o desrespeito aos direitos das pessoas com deficiência mas, muitas vezes, nos esquecemos de que são seres humanos e possuem desejos, necessidades, medos e alegrias como qualquer outra pessoa. 


Somos assunto, tema de debates, passeatas e de tratados internacionais, mas queremos ser mais do que isso!

Já diziam os Titãs: “Você tem fome de quê? A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte!”. Sim, queremos acesso também ao esporte, à cultura, ao turismo e ao lazer. Os deficientes também precisam se divertir! Para se ter uma vida plena, é fundamental que isso aconteça.

Ainda há muito o que se fazer quando falamos em esporte adaptado. Não me refiro aqui somente ao esporte na escola ou nos centros e clubes esportivos. Sabemos que precisam ser revistos e investimentos devem ser feitos para que ofereçam a prática real do esporte e possam receber e promover a inclusão pelo esporte. Também não estou me referindo ao esporte profissional ou olímpico, pois é notória a capacidade dos deficientes; basta observarmos as paraolimpíadas e os grandes esportistas que temos no Brasil e no mundo. Na última olimpíada vimos, inclusive, deficientes competindo com pessoas sem deficiência como o sul-coreano Dong Hyun Im, de 26 anos, deficiente visual (baixa visão), que competiu no tiro com arco.

De uma forma geral, é preciso reconhecer a importância do esporte não somente como caminho para a reabilitação, mas como fonte de prazer, diversão. Isso inclui todos os tipos de atividades, artes marciais, esportes radicais etc. Muitas pessoas acham que, por sermos deficientes, não podemos praticar tais esportes. Bom, eu mesma já fiz arvorismo e mergulho e conheço vários deficientes que praticam surf, canoagem, escalada etc.

Outro ponto importante se refere ao turismo. É fundamental que haja rotas turísticas com adaptações, empresas especializadas e cidades preparadas para receber e atender, com qualidade, pessoas com deficiência, tanto nos hotéis e restaurantes, como nos passeios e demais eventos. Como, por exemplo, a cidade de Socorro, em São Paulo, premiada até por órgãos internacionais. Não é perfeita, é verdade, mas está no caminho certo!

Governantes, empresários e a sociedade em geral precisam se dar conta de que as pessoas com deficiência são cidadãos, contribuintes, consumidores e clientes como qualquer um. Viajam, apreciam a gastronomia, o teatro, o cinema, a música e a dança como qualquer pessoa.

Neste contexto, devemos ter atenção aos diversos tipos e opções de lazer, desde o cultural, ou seja, oferecer salas de cinema, peças teatrais, espetáculos, exposições etc. acessíveis, até os mais comuns, como passeios pela natureza e pela noite, como bares, boates etc.

Todos os espaços precisam ser acessíveis. Isso é bem difícil de se ver por aqui. No Brasil, é raro encontrar um museu onde haja possibilidades de um deficiente visual tocar as peças para conhecê-las ou ter audiodescrição das obras expostas, além da falta de acessibilidade física já conhecida nos espaços culturais.  

domingo, 8 de junho de 2014


Mais, uma vitória a favor da acessibilidade, entrei no Hipermercado Extra aqui em Teresópolis, ninguém da fiscalização de posturas da prefeitura fez nada, nenhum vereador se quer percebeu isto nota 0, para o governo municipal, e câmara de vereadores ( cidade que acolhe a seleção Brasileira de futebol ) chegando lá me deparei com chancelas eletrônicas para carro, e nas duas calçadas para acesso o mercado ferros que não permite a passagem de cadeira de rodas, como a foto aqui abaixo, venci os obstáculos entrei e fui até o gerente, onde fiz a seguinte pergunta: amigo onde é o acesso aqui para cadeirantes ? e ele me respondeu : no meios dos carros, daí eu disse não ta certo isso, e ele : não tá satisfeito entre na justiça, daí entrei e ganhei 2000,00 e acesso ao mercado !!! obs...eles podem recorrer porém é inicio de uma vitória, sentença 
Processo: 3446-32.2014.8.19.0061 Autor: WALLACE ALVES CABRAL Réu: SENDAS PROJETO DE SENTENÇA Narra o autor em síntese: que faz uso de cadeira de rodas motorizada; que a ré fechou os acessos ao seu estabelecimento localizado nesta cidade para cadeirantes e que, por isso, tem tido dificuldades para entrar e sair do mercado. Pede que a ré seja compelida a disponibilizar acessos a suas dependências para cadeirantes e indenização por danos morais. É o breve relatório, passo decidir. Relação de consumo. Questão que versa sobre acessibilidade. Compulsando as provas dos autos, infere-se da análise dos documentos que, de fato, houve o fechamento da calçada, não sendo possível a utilização dela de forma pelos portadores de necessidades especiais que necessitem de utilização de cadeiras de rodas. As fotografias de fls. 25 e 29 demonstram claramente a instalação de barreiras físicas que impedem o acesso dos cadeirantes ao mercado pela sua entrada principal, destinada ao público em geral. De outro lado, não se tem prova nos autos da existência de acessos específicos a cadeirantes, não sendo razoável imaginar que devam eles ingressar nas dependências do mercado pela mesma entrada destinada aos automóveis, posto que evidente o agravamento do risco e a existência de maior dificuldade para o acesso ao local. Por acessibilidade se entendem as condições e possibilidades de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de edificações públicas, privadas e particulares, seus espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, proporcionando a maior independência possível e dando ao cidadão deficiente ou àqueles com dificuldade de locomoção, o direito de ir e vir a todos os lugares que necessitar, seja no trabalho, estudo ou lazer, o que ajudará e levará à reinserção na sociedade. Ao instalar barreiras físicas na forma como foi feito pela ré ou seu parceiro empresarial, o acesso as suas dependências ficou dificultado ao autor e a todos os demais que se utilizam de cadeiras de rodas. Isso, por certo, contraria todo o espírito da Lei 10098/00 que busca promover a acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência. Nesse passo, deve a ré disponibilizar entradas para o acesso de usuários que se utilizem de cadeira de rodas, acessos esses sem barreiras arquitetônicas urbanísticas ou na edificação. O dano moral, nesse caso, está configurado e se encontra caracterizado pela situação angustiante e frustrante a que foi exposta a parte autora.Para a sua comprovação, por outro lado, não se pode exigir a produção de provas documentais. As regras de experiência comum, perfeitamente aplicáveis à espécie, fazem presumir a sua ocorrência, uma vez que tal situação, por si só, já afeta a paz de espírito, é fonte de angústias, de sensação de impotência, causando intranqüilidade e incertezas.Não se trata de mero dissabor, mas sim de violação da boa-fé e da redução do consumidor a uma posição de extrema inferioridade. Quanto ao valor da indenização, há que ser levada em consideração a capacidade econômica das partes, a intensidade e repercussão dos danos suportados e o caráter punitivo e pedagógico da condenação com relação à parte ré. Deve o valor fixado com moderação, mas sempre atentando-se para a sua adequação à justa medida do prejuízo suportado pela parte autora. Posto isso, JULGO PROCEDENTE em parte O PEDIDO PARA condenar a ré ao pagamento de R$ 2.000,00 a título de indenização por danos morais, acrescido de juros de 1% ao mês a contar da citação e correção pela UFIR a partir da leitura da sentença e para condenar a ré a disponibilizar em seu estabelecimento, ao menos uma entrada de acesso aos portadores de deficiência física que se utilizem de cadeiras de rodas em cada um de seus acessos ao público, sem quaisquer barreiras arquitetônicas urbanísticas ou na edificação, de modo que os cadeirantes não necessitem utilizar as entradas/saídas destinadas a veículos, isso no prazo de 45 dias a contar da publicação desta sentença, sob pena de multa diária de R$ 50,00, limitada inicialmente a 90 dias. Julgo extinto o processo, com resolução do mérito, na forma do que dispõe o art. 269, I do CPC, e dou o condenado por intimado nos termos do art. 475-J do CPC, se aplicável. Sem custas e honorários advocatícios, na forma do artigo 55 da Lei 9099/95. Anote-se o nome dos advogados da parte ré, na forma da defesa, para fins de futuras publicações. Consoante o disposto no artigo 40 da Lei nº 9.099/95 submeto a presente à apreciação do MM. Juiz de Direito, para que se produzam os devidos efeitos legais. Beatrice de Melo Rodrigues Juiz leigo


domingo, 24 de novembro de 2013

5 coisas que você não deve fazer com um(a) cadeirante. 



Se quiser saber algo sobre o(a) cadeirante, pergunte diretamente a ele(a):

Isso já me aconteceu nem uma, nem duas, mas várias vezes! 
Uma delas foi no consultório médico, onde a moça que estava fazendo uns exames em mim fazia todas as perguntas para meu acompanhante. Sem meu acompanhante perceber, ele mesmo repetia todas perguntas para mim e aí então eu respondia. 

Mas eu não aguentei e comecei a rir daquela situação, com isso meu acompanhante e a moça perceberam que o que estava acontecendo era ridículo. 

Por que não perguntar diretamente ao cadeirante? É claro que alguns cadeirantes têm dificuldade na fala, mas não custa nada tentar interagir com a pessoa. 

Afinal, para a surpresa de muitos, existem muitos cadeirantes que até falam... podem acreditar! Kkkkkkkkkkkkkk  

Não se espante ao ver um(a) cadeirante com um(a) namorado(a):

É lamentável que ainda exista falta de informação e falta de "cabeças abertas"! Muitos andantes acham que um(a) cadeirante namorar é coisa de outro mundo; nem disfarçam a cara de espanto quando vêem um casal de namorados onde um é cadeirante; a situação fica bem pior, caso os dois sejam cadeirantes...

Já costumamos atrair olhares por andarmos em uma cadeira de rodas, mas quando o cadeirante tem uma namorada(o), parece que, sentado na cadeira está o "Papai Noel". Todos olhares são atraídos, uns de espanto, outros de "meu Deus, como pode isso?", ou ainda aqueles olhares das senhorinhas quase chorando de alegria "oh que bonitinho, parece o casal da novela".

Por favor gente, nada disso é anormal e extraordinário. Já cansei de dizer e escrever, mas repito... Cadeirantes também são pessoas que têm sentimentos e que podem amar e ser amados! Ah!!! E fazer "amorzinho" também hóhóhó.

Não pendure sacolas na cadeira de rodas, nem largue coisas no colo do cadeirante, ele(a) é uma pessoa e não um cabide:

Pense numa pessoa brava quando largam coisas em meu colo ou penduram sacolas em minha na cadeira: EU!. Nossa gente, eu odeio isso com todas as minhas forças!!! Meus amigos e familiares já sabem disso e avisam todo mundo que eu não gosto que fazem isso comigo...

Mas vou tentar explicar o porquê de não gostar disso: a questão das sacolinhas penduradas atrás de mim me irrita muito porque quando eu ando com a cadeira, a sacola fica encostando no pneu; às vezes tranca a roda ou se não, rasga a maldita da sacolinha e ai é um Deus nos acuda.

Já a questão de colocar as coisas no meu colo para eu segurar (casaco, celular, bolsa e etc..): Eu não gosto pois além de ter que me equilibrar enquanto estou andando, ainda preciso ficar tomando conta das coisas dos outros? Nãoooo gosto mesmo...

É claro que não podemos generalizar, existem cadeirantes que nem dão "bola" pra isso, mas a maioria dos que eu conheço, concordam comigo!

Não afaste seu(a) filho(a) de perto de um(a) cadeirante com tanto pavor

Quem é cadeirante já está acostumado com as diversas formas que as crianças reagem ao ver um (a) cadeirante. Algumas ficam olhando assutadas, outras perguntam aos pais o porquê da cadeira de rodas e outras até se aproximam para brincar no "nosso carrinho". São atitudes inocentes que não devemos nos aborrecer, afinal, são crianças.

Mas quando a questão são os pais, aí já muda um pouco. Um amigo cadeirante me contou, que uma vez estava chegando em uma pracinha de brinquedos e uma mãe viu ele se aproximando. 

Desesperada a mãe pegou a criança pelo braço e carregou embora. A criança foi embora com olhos arregalados por não entender o que estava acontecendo.

Atitude desnecessária né gente?! Muitos acreditam que essas pessoas têm essas atitudes, por pensarem que a deficiência é contagiosa ou algo assim. Eu não consigo acreditar nisso, será que existem realmente pessoas com tamanha ignorância? Lamentavelmente, não é de se duvidar!

Aos pais que agora estão lendo este post... não façam isso com seus filhos, não tenham medo que eles perguntem sobre a cadeira de rodas, expliquem para seus filhos sem vergonha e quem sabe, até incentive seu filho a interagir com o cadeirante para que ele não tenha preconceito?! Fica a dica. 

Não trate um(a) cadeirante como criança: 

Tudo bem que alguns cadeirantes até podem ter um tamanho um pouco menor do que o costume (tipo eu) e que por estarmos sentados em uma cadeira de rodas, geralmente ficamos menores do que uma pessoa que está em pé. 

Mas isso não significa que precisamos ser tratados como criança! Muita gente conversa com os cadeirantes, já acreditando que ele faça apenas coisas de criança, como disse anteriormente, muitos acabam fazendo perguntas para a pessoa que está perto de você, pois pensa que você é uma criança e que não sabe responder. 

Pior ainda, quando começam a conversas com o cadeirante com a língua "inha e inho" como por exemplo: "Que bonitinho", "Qual o teu nominho?", "Quantos aninhos?"... Haja paciência né?! 

Amigo andante, não faça esse tipo de coisas! Evite usar o diminutivo pra falar com um cadeirante! Fale conosco, normalmente!!! Muito obrigado por ler até o final.

domingo, 13 de outubro de 2013

Ser um cadeirante você sabe ? não !! Eis aqui meu ponto de vista.


Ser cadeirante é ter o poder de emudecer as pessoas quando você passa.

Ser cadeirante é não conseguir passar despercebido, mesmo quando você quer sumir! 

E ser completamente ignorado quando existe um andante ao seu lado. E isso não faz sentido, as pernas e os braços podem não estar funcionando bem, mas o resto está!
Ser cadeirante é amar elevadores e rampas e detestar escadas… Tapetes? Só se forem voadores, por favor! Ser cadeirante é andar de ônibus e se sentir como um “Power Ranger” a diferença é que você chega ao ponto e diz: “é hora de MOFAR”.
Ser cadeirante é ter alguém falando com você como se você fosse criança, mesmo que você já tenha mais de duas décadas.
Ser cadeirante é despertar uma cordialidade súbita e estabanada em algumas pessoas. É engraçado, mas a gente não ri, porque é bom saber que ao menos existem pessoas tentando nos tratar como iguais e uma hora eles aprendem!
Ser cadeirante é conquistar o grande amor da sua vida e deixar as pessoas impressionadas… E depois ficar impressionado por não entender o porquê do espanto.
Ser cadeirante é ter uma veia cômica exacerbada. É fato, só com muito bom humor pra tocar a vida, as rodas e o povo sem noção que aparece no caminho.
Ser cadeirante e ficar grávida é ter a certeza de ouvir: “Como isso
aconteceu?” Foi a cegonha, eu não tenho dúvidas! Os pés de repolho não são acessíveis! Ser cadeirante é ter repelente a falsidade. Amigos falsos e cadeiras são como objetos de mesma polaridade se repelem automaticamente.
Ser cadeirante é ser empurrado por ai mesmo quando você queria ficar parado. É saber como se sentem os carrinhos de supermercado! Ser cadeirante é encarar o absurdo de gente sem noção que acha que porque já estamos sentados podemos esperar, mesmo!
Ser cadeirante é uma vez na vida desejar furar os quatro pneus e o step de quem desrespeita as vagas preferenciais.
Ser cadeirante é se sentir uma ilha na sessão de cinema… Porque os espaços reservados geralmente são um tablado ou na turma do gargarejo e com uma distancia mais que segura pra que você não entre em contato com os outros andantes, mesmo que um deles seja seu cônjuge!
Ser cadeirante é a certeza de conhecer todos os cantinhos. Porque Deus do céu, todo mundo quer arrumar um cantinho para nós?
Ser cadeirante é ter que comprar roupas no “olhômetro” porque na maioria das lojas as cadeiras não entram nos provadores Ser cadeirante é viver e conviver com o fantasma das infecções urinárias. E desconfio seriamente que a falta de banheiros adaptados contribua para isso.
Ser cadeirante é se sentir o próprio guarda volumes ambulante em passeios pelo shopping Ser cadeirante é curtir handbike, surf, basquete e outras coisas que deixam os andantes sedentários morrendo de inveja. Ser cadeirante é dançar maravilhosamente, com entusiasmo e colocar alguns “pés-de- valsa” no bolso…
Ser cadeirante é ter um colinho sempre a postos para a pessoa amada… E isso é uma grannndeeee vantagem! Ser cadeirante (e mulher) é encarar o desafio de adaptar a moda pra conseguir ficar confortável além de mais bonita.
Ser cadeirante é se virar nos trinta pra não sobrar mês no fim do dinheiro, porque a conta básica de tudo que um cadeirante precisa… Ai… Ai… Ai… Essa merece ser chamada de Dolorosa.
Ser cadeirante é deixar um montão de médicos com cara de: “e agora o que eu faço” quando você entra pela porta do consultório… Algumas vezes é impossível entrar, a cadeira trava na porta…
Ser cadeirante é olhar um corrimão ou um canteiro no meio de uma rampa, ou se deparar com rampas que acabam em um degrau de escada e se perguntar: Onde estudou a criatura que projetou isso? Será mesmo que estudou?
Ser cadeirante é ter vontade de grudar alguns políticos em uma cadeira por um dia e fazer com que eles possam testar os lugares que enchem a boca pra chamar de acessíveis…
Ser cadeirante é ir à praia mesmo sabendo que cadeiras + areia + maresia não são uma boa combinação! Ser cadeirante é sentir ao menos uma vez na vida vontade de sentar no chão e jogar a cadeira na cabeça de outro ser humano.



Ser cadeirante é ter o poder de emudecer as pessoas quando você passa.
Ser cadeirante é não conseguir passar despercebido, mesmo quando você quer sumir! E ser completamente ignorado quando existe um andante ao seu lado. E isso não faz sentido, as pernas e os braços podem não estar funcionando bem, mas o resto está!
Ser cadeirante é amar elevadores e rampas e detestar escadas… Tapetes? Só se forem voadores, por favor! Ser cadeirante é andar de ônibus e se sentir como um “Power Ranger” a diferença é que você chega ao ponto e diz: “é hora de MOFAR”.
Ser cadeirante é ter alguém falando com você como se você fosse criança, mesmo que você já tenha mais de duas décadas.
Ser cadeirante é despertar uma cordialidade súbita e estabanada em algumas pessoas. É engraçado, mas a gente não ri, porque é bom saber que ao menos existem pessoas tentando nos tratar como iguais e uma hora eles aprendem!
Ser cadeirante é conquistar o grande amor da sua vida e deixar as pessoas impressionadas… E depois ficar impressionado por não entender o porquê do espanto.
Ser cadeirante é ter uma veia cômica exacerbada. É fato, só com muito bom humor pra tocar a vida, as rodas e o povo sem noção que aparece no caminho.
Ser cadeirante e ficar grávida é ter a certeza de ouvir: “Como isso
aconteceu?” Foi a cegonha, eu não tenho dúvidas! Os pés de repolho não são acessíveis! Ser cadeirante é ter repelente a falsidade. Amigos falsos e cadeiras são como objetos de mesma polaridade se repelem automaticamente.
Ser cadeirante é ser empurrado por ai mesmo quando você queria ficar parado. É saber como se sentem os carrinhos de supermercado! Ser cadeirante é encarar o absurdo de gente sem noção que acha que porque já estamos sentados podemos esperar, mesmo!
Ser cadeirante é uma vez na vida desejar furar os quatro pneus e o step de quem desrespeita as vagas preferenciais.
Ser cadeirante é se sentir uma ilha na sessão de cinema… Porque os espaços reservados geralmente são um tablado ou na turma do gargarejo e com uma distancia mais que segura pra que você não entre em contato com os outros andantes, mesmo que um deles seja seu cônjuge!
Ser cadeirante é a certeza de conhecer todos os cantinhos. Porque Deus do céu, todo mundo quer arrumar um cantinho para nós?
Ser cadeirante é ter que comprar roupas no “olhômetro” porque na maioria das lojas as cadeiras não entram nos provadores Ser cadeirante é viver e conviver com o fantasma das infecções urinárias. E desconfio seriamente que a falta de banheiros adaptados contribua para isso.
Ser cadeirante é se sentir o próprio guarda volumes ambulante em passeios pelo shopping Ser cadeirante é curtir handbike, surf, basquete e outras coisas que deixam os andantes sedentários morrendo de inveja. Ser cadeirante é dançar maravilhosamente, com entusiasmo e colocar alguns “pés-de- valsa” no bolso…
Ser cadeirante é ter um colinho sempre a postos para a pessoa amada… E isso é uma grannndeeee vantagem! Ser cadeirante (e mulher) é encarar o desafio de adaptar a moda pra conseguir ficar confortável além de mais bonita.
Ser cadeirante é se virar nos trinta pra não sobrar mês no fim do dinheiro, porque a conta básica de tudo que um cadeirante precisa… Ai… Ai… Ai… Essa merece ser chamada de Dolorosa.
Ser cadeirante é deixar um montão de médicos com cara de: “e agora o que eu faço” quando você entra pela porta do consultório… Algumas vezes é impossível entrar, a cadeira trava na porta…
Ser cadeirante é olhar um corrimão ou um canteiro no meio de uma rampa, ou se deparar com rampas que acabam em um degrau de escada e se perguntar: Onde estudou a criatura que projetou isso? Será mesmo que estudou?
Ser cadeirante é ter vontade de grudar alguns políticos em uma cadeira por um dia e fazer com que eles possam testar os lugares que enchem a boca pra chamar de acessíveis…
Ser cadeirante é ir à praia mesmo sabendo que cadeiras + areia + maresia não são uma boa combinação! Ser cadeirante é sentir ao menos uma vez na vida vontade de sentar no chão e jogar a cadeira na cabeça de outro ser humano.


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Demorei muito tempo pra descobrir... mas acho que,hoje, já posso ter a minha definição de liberdade...

Porque ter liberdade é muito mais que ter o poder de fazer as coisas...



Liberdade...

É poder ser vc mesmo...

É rir quando se tem vontade...

É contar até 3 qdo te mandam contar até 2...

É sair...

Sair com quem quiser...

Quando quiser...

Na hora que vc quiser...

É fazer tudo com esse alguem...

Ou simplesmente não fazer nada...

É tomar chuva em uma praia de braços abertos pro mundo...

É sorrir...

É tocar...

É querer...

Ou simplesmente não querer...

Liberdade...

É querer me apaixonar...

Ou simplesmente querer curtir...

E dai?

É não se preocupar com o que os outros te impõem...

É ser vc mesmo...

Não me importa se sou antiquado...

Se não vou ser rico...

Se não vou estar envolvido com alguem conhecido e de status na sociedade...

Se não tenho a roupa de griffe...

Se meu corpo não e o bonito e top do momento...

Se ando de cadeira de rodas ou a pé...

Se tenho um fusca...

Ou uma limosine...

O que me importa de verdade...É poder ser eu mesmo...Olhar pra qualquer pessoa e dizer: EU SOU ASSIM.

Desse jeito que vc ta vendo...

Eu não preciso mentir...

Eu não preciso me esconder...

Liberdade é...

Você poder ser vc...



Agora me responda:


Você é livre?


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Inverdades sobre a pessoa com deficiência, que se tornam verdades para a sociedade!!!



Os preconceitos são gerados por falta de informação, fazendo com que a sociedade crie mitos, ideias falsas, que as pessoas acreditam, sem a menor noção de que aquilo não tem o menor fundamento, que é uma  ideias absurda. 

A sociedade vai transmitidos essas ideias falsas, sem serem percebidos, achando que é verdade, claro, isso gera o preconceito.

Aqui vão alguns exemplos de inverdades que se tornam verdades para a sociedade!!!


Deficiência é sempre devido à herança familiar 



A maioria das origens da deficiência, não é origem genética e nem muito menos hereditárias. Elas acontecem, maior parte dos casos, por falta de saneamento básico que causa infecções, falta do pré-natal, “acidentes” no parto e também os acidentes de carro e a violência por arma de fogo.


Existem remédios milagrosos que curam as deficiências


Há  uma serie de pesquisas buscando melhorias e conquistas decorrentes das e do conhecimento de biologia molecular, mas os diferentes tipos de deficiência não têm cura ainda. Têm certos casos que há medicamentos que podem ajudar em um ou outro sintoma, porém o fundamental  é que tenha estimulação da pessoa tornar o ambiente mais acessível física.


Deficiência é doença



Deficiência não é doença, muito menos, contagiosa. Uma deficiência pode ser sequela de uma doença, contudo não é a própria doença.



Pessoas com deficiência física não têm vida sexual




Sexualidade é algo muito mais que, apenas, sexo e, consequentemente, sexo é muito mais que genitalidade. A pessoa com deficiência física, seja homem ou mulher, tem vida sexual, namora, casa e na maior parte dos casos pode ter filhos.

obrigado !! pessoal deixem seu comentário .