terça-feira, 2 de agosto de 2011

ENTREVISTA AO JORNAL O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS


MATÉRIA NO JORNAL O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS (Marcus Wagner) – Matéria Transcrita

ACESSIBILIDADE AINDA NÃO SE TORNOU REALIDADE EM TERESÓPOLIS
·          Deficientes encontram dificuldades para conseguir que seus direitos sejam respeitados

Dois meses após O DIÁRIO publicar uma reportagem a respeito das dificuldades para os deficientes físicos se locomoverem em Teresópolis, constatamos que a situação nos locais por onde passamos naquela ocasião ainda não mudou. A acessibilidade é um tema pouco abordado ou até mesmo esquecido pelos órgãos públicos que deveriam dar o exemplo e também pelas empresas privadas. Para quem sofre com o problema, resta lutar pela conscientização ou acionar a justiça.
A acessibilidade precisa se tornar realidade para garantir a cidadania de todos os membros da população, independente do tipo de dificuldade que tenha, seja deficiente físico ou mental, gestantes ou pais que levam seus filhos em carrinhos de bebê.
O cadeirante Walace Cabral, que foi personagem de uma reportagem sobre o assunto há dois meses, explicou que atualmente aproveita as viagens que faz à Brasília, onde realiza um tratamento médico, para protocolar pedido aos judiciários que as leis sejam realmente cumpridas em Teresópolis.
“Informalmente a gente já tem algumas vitórias sobre acessibilidade, o cinema e um shopping também ficou de colocar algumas adaptações e está fluindo, o trabalho está andando legal, temos comprometimento informais também e estamos no aguardo para que sejam realizados, mas já há uma conscientização e tudo tem andado dentro do esperado”.
Walace reuniu uma séria de documentos e fotos para comprovar as dificuldades que passa diariamente, quando tenta ir a alguma loja que tem corredores estreitos, quando visita um shopping que só oferece banheiro para deficientes nos andares superiores e também nas repartições públicas que deveriam garantir a possibilidade de todos terem acesso aos serviços como a prefeitura e os fóruns da cidade.
“Eu estive na Conade e também fiz uma denúncia no CNJ e cabe ressaltar que nossa reinvidicação é contra a estrutura do Fórum, não contra nenhum magistrado no pessoal”.
A falta de adequação das cidades para atender a pessoas com dificuldade de locomoção é alvo de campanhas que cobram que a acessibilidade se torne realidade no país, pois é um tema muito freqüente em discursos. Em 1999 já havia leis que foram feitas para garantir os direitos de deficientes, porém mais de uma década depois quase não há resultados práticos. “Agora a gente partiu para uma medida mais exigente dentro da lei, já estive no Ministério Público e o promotor aceitou algumas denúncias e a gente tenta pela conscientização, não dando a gente vai exigir dentro da lei, procurar até a justiça se necessário for”.
As barreiras enfrentadas diariamente em locais públicos e privados são fatores que privam muitas pessoas de poder exercer a cidadania e são escassas as ações que atendam às necessidades do deficiente físico. Apesar deste quadro desanimar alguns, há aqueles que dedicam grande parte do seu tempo a questionar empresários e autoridades públicas para resolverem a questão.

               

                

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